De repente... mil coisas!

A viagem da Semana Santa

Vocês acham que viajar é algo simples?
Quinta-Feira, de manhã, a Day e o FM chegam em casa para deixarem seus carros na garagem e viajarmos no carro do Gerson, que iria a noite com o carro da Day.
Descemos toda a bagagem e, quando estávamos partindo, percebi a falta da minha carteira.
Tomei o elevador, subi 22 andares, entrei em casa e não encontrei a dita-cuja.
Tomei o elevador, desanimado, desci 22 longos andares, procurei em toda a minha bagagem e não encontrei a maldita. Pensei "Isto só pode ser coisa daquela quadrilha de esquilos lambedores de tarjas magnéticas de cartões de crédito!".
Tomei o elevador, praguejando, subi 22 malditos andares, revirei toda a casa e não encontrei a merda da carteira dos infernos.
Tomei o elevador, ofendendo mentalmente meus pais por terem colocado um ser tão imbecil no mundo, desci 22 intermináveis andares, abri o zíper lateral da minha mala e encontrei a filha da puta da carteira que, se tivesse boca, estaria rindo da minha cara de retardado até hoje.

Entramos no carro, tomamos nossos lugares e fechamos as respectivas portas.
Quando era para ser dada a partida, lembrei que esqueci o ovo de Páscoa que eu entregaria para a Dona Help, minha fiel diarista que estava casa do Sellaro.
Juro que só tomei o elevador porque tenho certeza que eu não conseguiria subir os 22 malditos andares de escada.
Deixei meu chinelo prendendo a porta da caixa elevatória dos infernos, corri em casa, peguei o ovo, entrei no elevador - bla bla bla bla bla - e voltei para o carro.
Como, ao contrário dos meus companheiros de viagem, eu costumo me alimentar pela manhã, consegui convencer a Day a parar na Monte Carlo para que eu comprasse um lanche que seria devorado no caminho.
Quando voltei para o carro, vi que a chave da casa sofreu uma crise de identidade, pensou que fosse um semáforo e mudou de cor, do verde para o vermelho.
Tá legal, acho que não sou tão lento assim, pois em 3 segundos entendi que aquela chave NÃO ERA a chave da casa que alugamos no Paracuru e que a verdadeira encontrava-se, pasmo leitor, lá no topo dos 22 andares. Aqueles mesmos malditos 22 andares acessíveis apenas através daquele maldito elevador.
Voltamos para minha casa (bla bla bla bla bla bla bla bla bla) onde peguei a chave (bla bla bla bla bla) e seguimos viagem.

Já no caminho, liguei para a casa do Sellaro e, para que não perdêssemos tempo, pedi a Dona Help que descesse para pegar o Ovo de Páscoa.
Chegando na casa do Sellaro e percebendo a inexistência de qualquer pessoa com menos de 1,50m na portaria, peguei o interfone e iniciei o seguinte diálogo:

MarKo: Dona Socorro, já estou na portaria.
D.Help: Quem é?
MarKo: O Marco. Desce aqui pra pegar um presentinho.
D.Help: Ah! Tu taí, i é?
MarKo: DESCE LOGO, DONA SOCORRO! TO COM PRESSA.

Encontrei a velhinha-anã, entreguei o Ovo (que a deixou muito feliz), tentei entender qual parte da ligação ela não entendeu para chegar ao ponto de ficar surpresa com minha presença lá, e voltei para o carro.

Iríamos dar uma carona para a tia e a mãe da Day, que iriam visitar os parentes na mesma cidade que nós.
Começou a chover, mas continuamos firmes e fortes.
No meio do caminho, a tia da Day ligou para dizer que desistira da viagem.
OK, pegamos apenas a Donarê, mãe da Day e seguimos, tranqüilamente, nossa viagem.

Foi um final de semana maravilhoso, principalmente porque a Demônia, uma querida amiga de BH, esteve conosco.

E então, leitor? Quer viajar com o Tio MarKo no próximo feriado?

por MarKo às 15:30 -

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